"Os Caminhos do Naturalismo em Figueiró dos Vinhos"

“Esta exposição traz à memória Figueiró. Pinturas, esculturas, desenhos, fotografias, lembram aspectos desta zona, na viragem do século XIX - XX. Alguns artistas, sobretudo pintores e fotógrafos, entusiasmaram-se muito com a terra e criaram um fenómeno visual de projecção das vivências figueiroenses, encenadas numa idealizada trajectória de identidade nacional. José Malhoa (1855-1933) e Manuel Henrique Pinto (1853-1912), depois de terminado o curso na Escola de Belas Artes de Lisboa, passavam o Verão aqui, em “casa de telha vã, à sombra de um carvalho, no cimo de um olival, ali para os lados de S. Sebastião”. Aceitaram o convite do professor, o Mestre escultor Simões de Almeida Júnior (1844-1926), natural da terra e encantaram-se por Figueiró, pelos habitantes e pelas suas histórias. No início, atraía-os a paisagem, o recorte dos edifícios, os planos de luz, a diversidade de colorido, e, estabeleceram aqui um entendimento mútuo da pintura que a forte camaradagem proporcionou. Elegeram Figueiró e adoptaram-na. Pouco tempo depois, Henrique Pinto criava raízes e casava com a filha do senhorio. Nos anos 90, Malhoa construía uma espécie de retiro a que chamaria “Casulo”, um projecto de outro colega de Belas Artes, o arquitecto Luís Reynaud (c.1853- ) que intervinha na Igreja Matriz de Figueiró, e na capital, colaborava na decoração do elevador de Santa Justa...” (SILVEIRA, Maria de Aires , 2014)

Núcleos:

1. A Escola de Figueiró dos Vinhos. Rapazes do campo

2. Paisagens com aspecto verdadeiro

3. Dois escultores de Figueiró. Entre o mito e a realidade

4. Pincéis ensopados em cores

5. Natureza idealizada

6. Expressões e figuras

7. No intimismo do traço

8. Da simplicidade e verdade da natureza à ideia de felicidade campestre